Editado: 20/03/2025
Redação e Curadoria: Arthur Bello
Título: Investigação Policial vs. Opinião Pública, Respeito e Responsabilidades.
A divulgação excessiva e a opinião pública sobre uma investigação policial, especialmente quando feita de forma detalhada e ininterrupta através dos meios de comunicação, como televisão, rádio e internet, é um erro significativo. Isso acontece por várias razões, que envolvem tanto a ética jornalística quanto os direitos fundamentais de indivíduos envolvidos no processo, como os acusados e as vítimas.
Um dos principais problemas é que, ao divulgar constantemente informações sobre uma investigação, a mídia pode prejudicar a presunção de inocência do acusado. Ao compartilhar detalhes, rumores ou interpretações de testemunhas, por exemplo, cria-se uma imagem pública do acusado que pode influenciar a opinião pública de forma negativa. Isso pode fazer com que as pessoas formem julgamentos antes de o processo judicial ser finalizado, resultando em condenações sociais e até legais baseadas em informações incompletas ou incorretas. A presunção de inocência é um princípio fundamental do direito penal, mas quando a mídia foca em detalhes sensacionalistas, esse direito fica comprometido.
Divulgar detalhes de uma investigação pode prejudicar o próprio processo, porque, muitas vezes, essas informações podem ser "sensacionalizadas" ou mal interpretadas, o que atrapalha a coleta de provas ou a realização de estratégias jurídicas. Testemunhas podem ser influenciadas pela cobertura midiática, o que compromete sua imparcialidade ao depor. Além disso, se a investigação for exposta em detalhes, pode-se criar uma pressão para que a polícia ou os envolvidos tomem decisões precipitadas, desviando o foco da verdade.
Muitas vezes, a mídia, em busca de audiência, exagera ou distorce os fatos, criando uma narrativa sensacionalista. Isso tende a afetar a opinião pública de maneira negativa, alimentando um ciclo de polarização e estigmatização. Quando os detalhes da investigação são amplamente divulgados, a sociedade tende a se posicionar com base em informações parciais ou incorretas, gerando uma opinião pública frequentemente apaixonada e enviesada. A pressão da opinião pública pode também afetar o trabalho das autoridades e da Justiça, fazendo com que se sintam obrigadas a tomar decisões que atendam às expectativas da sociedade, e não ao devido processo legal.
Além disso, as vítimas e seus familiares sofrem com a invasão da privacidade e o sofrimento causado pela exposição pública. No caso de crimes violentos, como sequestros ou assassinatos, a mídia constantemente revela detalhes da dor e do sofrimento da vítima, em vez de tratar a situação com a discrição necessária. Isso pode aumentar o trauma psicológico das vítimas e de seus familiares, que ficam constantemente revivendo o ocorrido devido à exposição.
O caso de Eloá, ocorrido em 2008, é um exemplo clássico de como a cobertura midiática pode influenciar negativamente uma investigação e o curso do julgamento. Eloá, uma jovem de 15 anos, foi sequestrada por seu ex-namorado, Lindemberg Alves, e mantida em cativeiro por mais de 100 horas. Durante a negociação de resgate, a mídia acompanhou o caso minuto a minuto, com detalhes que muitas vezes ultrapassavam os limites do respeito à privacidade das vítimas e do processo judicial. A pressão da cobertura e as informações equivocadas geraram um clima de sensacionalismo, o que afetou a opinião pública. Lindemberg foi condenado pelo assassinato de Eloá e pela tentativa de homicídio de sua amiga, mas o que ficou claro foi o impacto que a mídia teve tanto na percepção pública quanto no desenvolvimento da investigação.
Em 2025, o caso Vitória, que já apresenta uma repercussão similar, também sofre com a exposição midiática. Vitória, uma jovem vítima de um crime brutal, se vê em uma situação semelhante à de Eloá, com sua imagem sendo retratada repetidamente na mídia e a opinião pública sendo constantemente influenciada pela cobertura sensacionalista. A grande diferença é que, com o aumento das redes sociais, a disseminação de informações erradas e interpretações pessoais sobre o caso se amplificam ainda mais. Como no caso de Eloá, a mídia no caso Vitória contribui para a construção de uma narrativa preconceituosa, acelerando o julgamento público de culpados e influenciando a justiça de forma prejudicial.
A mídia tem uma responsabilidade enorme no tratamento de investigações criminais e nos casos de grande repercussão. Divulgar detalhes e formar opiniões antes da conclusão de uma investigação é prejudicial tanto para as vítimas e suas famílias quanto para o processo judicial e a sociedade como um todo. A pressão da opinião pública, alimentada pela cobertura sensacionalista, pode levar a distorções nos fatos, julgamentos precipitadamente formados e, no caso de investigações complexas, até mesmo à interferência na verdade dos acontecimentos. O correto seria que a mídia garantisse uma abordagem equilibrada, respeitando os direitos das partes envolvidas e preservando a integridade das investigações e do processo judicial.
Editado: 18/03/2025
Redator: Arthur Bello
Adoro testar marcas diferentes, mas quando eu não posso errar ou se um confeiteiro me pedisse uma dica, com toda certeza a dica seria as farinhas da Famiglia Venturelli, eu utilizo para todas as minhas receitas, desde panquecas, carolinas e bolos até para brincar com as crianças, que adoram brincar de massinha. Eu utilizo, minha mãe utiliza, minha avó utiliza Venturelli.
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Paulo Teston é um filósofo e professor brasileiro, com especialização em temas como epistemologia, filosofia da ciência, determinismo e probabilismo. Ele tem se dedicado ao estudo das implicações filosóficas das teorias científicas, especialmente na área da física e das ciências naturais.
Teston é conhecido por seu trabalho em filosofia da física, particularmente ao abordar as questões sobre o determinismo e o probabilismo que surgem nas teorias científicas modernas, como a mecânica quântica e a física clássica. Essas discussões são cruciais para compreender o papel da incerteza e da previsibilidade nas leis naturais e suas consequências filosóficas.
Alguns pontos-chave de suas contribuições incluem:
Determinismo e Probabilismo:
Teston analisa as ideias de determinismo e probabilismo em contextos científicos e filosóficos, explorando a tensão entre a previsão exata dos eventos e a natureza probabilística de certos fenômenos.
O determinismo em muitas tradições filosóficas sustenta que, se soubéssemos todas as condições iniciais de um sistema, poderíamos prever todos os eventos futuros. Teston, como muitos filósofos contemporâneos, questiona essa visão à luz das descobertas da física moderna, como a teoria quântica, que introduz a incerteza como um princípio fundamental.
Epistemologia da Ciência:
Em relação à epistemologia, Teston também reflete sobre o modo como as teorias científicas são formadas e como o conhecimento científico é estruturado. Ele investiga as condições de justificação e fundamentação das leis e teorias científicas, levando em consideração tanto os aspectos determinísticos quanto probabilísticos.
Ele também se preocupa com o modo como a ciência constrói o conhecimento, enfatizando a interação entre teoria e observação, e como a verdade é abordada dentro da prática científica.
Mecânica Quântica e Filosofia:
Teston discute as implicações filosóficas da mecânica quântica, onde o determinismo clássico não se aplica. Na física quântica, o comportamento das partículas subatômicas é governado por probabilidades, e não por certezas, o que leva a discussões sobre o papel do acaso e da incerteza no universo.
Ele questiona se a mecânica quântica exige uma nova maneira de entender a realidade, em vez de simplesmente aplicar as mesmas suposições determinísticas da física clássica.
Obras e Publicações:
Paulo Teston tem várias publicações e artigos que discutem essas questões. Sua abordagem filosófica se baseia tanto na tradição filosófica ocidental quanto nos desenvolvimentos mais recentes da física e da matemática.
Ele também atua como professor em instituições de ensino superior, onde transmite seus conhecimentos sobre filosofia da ciência e outras áreas correlatas. Além disso, ele pode ser encontrado em debates acadêmicos e seminários sobre temas de filosofia científica e teorias do conhecimento.
Editado: 17/03/2025
Redação e Curadoria: Arthur Bello
O abandono paternal no Brasil é uma questão social e legal relevante, com implicações para o bem-estar das crianças e para a dinâmica familiar. Embora os dados exatos sobre abandono paterno possam variar dependendo da pesquisa e da metodologia utilizada, algumas informações gerais e estudos indicam tendências e contextos relacionados ao abandono paternal. A ausência do pai, seja por abandono ou outros motivos, pode ter impactos profundos e duradouros na vida de uma criança. Esses efeitos são observados tanto no contexto psicológico quanto no social, emocional e até físico. A seguir, abordarei esses impactos com base em fontes brasileiras e internacionais.
A ausência do pai pode afetar a formação da identidade e da autoestima da criança. Estudos apontam que a figura paterna tem um papel essencial na construção da autoconfiança e no processo de socialização da criança. Quando o pai se ausenta, a criança pode ter dificuldades em desenvolver uma autoimagem positiva e uma sensação de pertencimento, o que pode refletir em problemas emocionais como insegurança e medo de rejeição.
Fonte: De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a presença do pai contribui para o desenvolvimento psicológico saudável das crianças, já que o envolvimento paterno proporciona segurança emocional e aprendizado de comportamentos sociais.
A ausência do pai está associada a um maior risco de desenvolvimento de distúrbios psicológicos, como depressão, ansiedade e até distúrbios de conduta. A falta de um modelo de figura masculina pode afetar o equilíbrio emocional da criança.
Fonte: A American Psychological Association (APA) em estudos publicados aponta que crianças com ausência paterna têm maior propensão a desenvolver transtornos de conduta e outras dificuldades emocionais. O acompanhamento paterno pode servir de modelo para a regulação emocional e habilidades de resolução de problemas.
Crianças que crescem sem a presença do pai podem enfrentar maiores dificuldades de socialização e, em muitos casos, têm menos acesso a recursos educacionais e sociais. A ausência paterna pode resultar em uma estrutura familiar mais vulnerável, com impacto direto no desenvolvimento da criança.
Fonte: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra, por meio de pesquisas, que a ausência do pai em lares brasileiros está relacionada a uma maior taxa de pobreza infantil e menor acesso à educação e serviços de saúde, devido a uma possível redução da renda familiar e a falta de suporte emocional e educativo.
Pesquisas indicam que a ausência paterna pode aumentar a probabilidade de a criança envolver-se em comportamentos de risco, como abuso de substâncias, agressividade e envolvimento em atividades criminosas. A falta de um modelo masculino pode contribuir para uma falta de limites e autorregulação na infância.
Fonte: A University of London realizou um estudo que concluiu que a ausência do pai está intimamente ligada ao aumento de comportamentos problemáticos em adolescentes, como envolvimento em crimes e uso de drogas.
O envolvimento do pai é considerado um fator crucial para o desempenho escolar das crianças. Quando o pai está ausente, a criança pode apresentar dificuldades de concentração, desempenho acadêmico inferior e menores expectativas quanto ao seu futuro.
Fonte: A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) reforça, por meio de diversos relatórios, que a ausência do pai tem um impacto negativo nas habilidades cognitivas das crianças, especialmente no que se refere à linguagem e matemática, áreas em que o apoio paterno tem grande influência.
Estudos realizados por organizações internacionais, como a World Health Organization (OMS), sugerem que crianças que crescem sem a presença do pai têm menos expectativas em relação ao seu futuro e à sua educação, o que pode afetar diretamente sua qualidade de vida na vida adulta.
Embora os impactos da ausência paterna sejam mais evidentes nas áreas emocionais e sociais, também há implicações na saúde física da criança. A falta de suporte paterno pode contribuir para uma menor atenção à alimentação, cuidados médicos e a condições gerais de saúde.
Fonte: A Organização Mundial da Saúde (OMS) observa que a dinâmica familiar, incluindo a presença ou ausência do pai, pode influenciar diretamente os cuidados com a saúde das crianças, uma vez que a ausência de um cuidador pode resultar em menos monitoramento das condições físicas da criança.
Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): Segundo o Censo 2010 e outros estudos relacionados à família e à convivência, uma parte significativa das crianças brasileiras vive com apenas um dos pais, muitas vezes com a mãe. De acordo com dados mais recentes, cerca de 40% das crianças no Brasil não convivem com o pai, o que pode ser interpretado como uma forma de abandono ou ausência paternal.
Pesquisa sobre Responsabilidade Paterna (2020): Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revelou que 55% dos homens no Brasil assumem algum tipo de responsabilidade direta pelos filhos, enquanto 45% permanecem ausentes ou não têm envolvimento significativo na vida das crianças, o que pode ser um indicativo de abandono.
O aumento dos divórcios e separações no Brasil contribui para a ausência do pai na vida das crianças. Em muitos casos, o pai não mantém contato contínuo com os filhos após a separação, o que pode resultar em abandono.
Em famílias de baixa renda, os pais podem estar mais ausentes devido à migração para trabalhar em outras regiões, ou por questões relacionadas a condições de trabalho e saúde.
O abandono também pode estar relacionado à falta de interesse ou à incapacidade dos pais de assumirem responsabilidades devido à falta de apoio emocional, educacional ou social.
O abandono paternal é uma violação dos direitos da criança, que tem o direito de ser cuidada e educada por ambos os pais. O Código Civil Brasileiro estabelece a responsabilidade dos pais em relação aos filhos, sendo que a falta de cuidado pode acarretar em ações judiciais para garantir os direitos da criança.
Uma das consequências legais mais comuns do abandono paternal é a ação de pensão alimentícia, onde o pai ausente é obrigado a contribuir financeiramente para o sustento do filho. A falta de pagamento pode levar a sanções legais, incluindo prisão.
O abandono do pai pode causar sérios danos psicológicos à criança, como sentimentos de rejeição, baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos interpessoais ao longo da vida.
Crianças que crescem sem a presença do pai frequentemente enfrentam desafios maiores relacionados à educação, saúde mental e segurança social. Além disso, podem ser mais vulneráveis a situações de risco, como violência ou envolvimento com atividades ilícitas.
O abandono paternal é uma questão complexa e multifacetada no Brasil, com implicações legais, sociais e psicológicas significativas. Embora os dados exatos sobre abandono paterno não sejam facilmente acessíveis, é claro que a ausência do pai é uma realidade para muitas crianças, impactando seu desenvolvimento e seus direitos. O Brasil tem mecanismos legais para proteger os direitos das crianças, como o direito à convivência familiar e à pensão alimentícia, mas os fatores sociais e econômicos continuam a influenciar essa situação.
Editado: 17/03/2025
Redator: Arthur Bello
Durante a gestação, a mulher passa por uma série de mudanças tanto emocionais quanto físicas, que são influenciadas por uma combinação de fatores hormonais, fisiológicos e psicológicos. Essas mudanças variam de mulher para mulher e podem ocorrer em diferentes intensidades ao longo da gestação.
O aumento nos níveis de hormônios como estrogênio, progesterona e hCG (gonadotrofina coriônica humana) é uma das principais razões pelas quais o corpo da mulher muda. Esses hormônios afetam a pele, o sistema digestivo, o metabolismo e a circulação sanguínea, entre outros aspectos.
É natural que a mulher ganhe peso durante a gravidez, devido ao crescimento do bebê, aumento do volume sanguíneo, do líquido amniótico e da placenta. Esse ganho de peso varia, mas é recomendado que seja monitorado para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Algumas mulheres experimentam mudanças na pele, como o "cloasma" (manchas escuras na face), estrias devido ao estiramento da pele e aumento do fluxo sanguíneo, o que pode causar um "brilho" na pele.
Os seios aumentam de tamanho e podem se tornar mais sensíveis devido ao aumento da produção de leite e ao preparo do corpo para a amamentação.
A progesterona, um hormônio da gravidez, pode causar um relaxamento dos músculos do trato gastrointestinal, resultando em sintomas como azia, constipação e náuseas, que são comuns no início da gestação.
O volume sanguíneo aumenta durante a gravidez, o que pode levar a uma diminuição da pressão arterial no início da gestação e ao aumento do risco de varizes e edema nas pernas.
O aumento de hormônios como estrogênio e progesterona pode causar alterações no humor. As mulheres podem experimentar sentimentos de euforia, tristeza, ansiedade ou irritabilidade, o que é conhecido como "humor volúvel" durante a gestação.
A expectativa de ser mãe pode gerar ansiedades sobre a saúde do bebê, o parto e a capacidade de cuidar da criança. Esses sentimentos são normais, mas podem ser mais intensos em algumas mulheres.
A gestação provoca mudanças significativas na imagem corporal, o que pode afetar a autoestima da mulher. Para algumas, isso pode ser positivo, enquanto outras podem sentir desconforto com as transformações físicas.
O cansaço excessivo é comum, especialmente no primeiro e terceiro trimestres. Mudanças no padrão de sono também podem ocorrer devido ao desconforto físico e ao aumento da ansiedade.
Muitas mulheres têm desejos alimentares ou aversões que podem surgir durante a gestação. Esse fenômeno pode estar relacionado às mudanças hormonais e à necessidade do corpo de certos nutrientes.
EINSTEIN. Menopausa: entenda os sintomas e como a reposição hormonal pode ajudar. Disponível em: https://www.einstein.br/noticias/noticia/menopausa Acesso em: 17 mar. 2025.
Artigo escrito pelo Dr. Sérgio Podgaec
Dr. Sérgio Podgaec é um médico especializado em ginecologia e obstetrícia, com uma grande atuação na área de educação médica. Ele é conhecido por sua visão sobre a importância do ensino como uma ferramenta de aprendizagem, acreditando que ensinar fortalece e aprofunda o conhecimento do próprio educador. Além disso, ele tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da educação em saúde e práticas de ensino médico, sendo um defensor do aprimoramento contínuo tanto dos profissionais de saúde quanto dos alunos.
Goulart, L. L. (2004). Alterações fisiológicas e emocionais durante a gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
Este estudo aborda as mudanças físicas e emocionais que ocorrem ao longo da gestação e como essas mudanças afetam o bem-estar da mulher.
Mello, M. G. (2016). A psicologia da gestante: as mudanças físicas e emocionais na gravidez. Psicologia em Estudo, 21(2), 303-313.
Neste artigo, a autora explora as implicações emocionais da gravidez e como o apoio psicológico pode ser fundamental para as mulheres durante este período.
Pereira, F. E., & Nogueira, J. P. (2010). Aspectos fisiológicos da gravidez e sua repercussão na saúde da gestante. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 32(2), 51-58.
Este artigo trata das alterações fisiológicas que ocorrem na gestação e a importância do acompanhamento médico.
Editado: 17/03/2025
Redação e Curadoria: Arthur Bello
A gestação humana é dividida em três grandes fases, chamadas trimestres, e durante cada uma dessas fases, o feto passa por diversas transformações importantes. Aqui está um resumo do que acontece durante cada um dos trimestres
Após a fecundação, o óvulo fertilizado (zigoto) se divide e forma um embrião. Ele se implanta no útero.
O sistema circulatório começa a se formar.
No final desta fase, o embrião começa a ser chamado de feto.
As principais estruturas do corpo começam a se desenvolver. O coração começa a bater, e os órgãos como o fígado e os rins começam a se formar.
O feto tem cerca de 2,5 cm de comprimento e está começando a ter a aparência de um ser humano, com braços, pernas, olhos e ouvidos visíveis.
O feto já tem características mais definidas, como dedos das mãos e pés.
As estruturas do cérebro e da medula espinhal estão se desenvolvendo, e os órgãos começam a funcionar.
A placenta também está bem formada, permitindo a troca de nutrientes e oxigênio entre mãe e feto.
O feto cresce rapidamente e pode começar a mover-se, mas a mãe ainda não sente esses movimentos.
Os ossos estão se fortalecendo, e o feto já pode começar a desenvolver o cabelo, sobrancelhas e até unhas.
O sistema nervoso continua se desenvolvendo, e a face do feto ganha uma aparência mais humana.
O feto continua a crescer e pode ser possível ouvir o batimento cardíaco através de um estetoscópio.
A mãe começa a sentir os primeiros movimentos do feto, conhecidos como *quickening
O sexo do bebê pode ser visualizado através de ultrassonografia.
O feto começa a se parecer mais com um bebê, e os movimentos se tornam mais evidentes.
A pele ainda é fina e transparente, mas começa a desenvolver uma camada de gordura que ajudará a regular a temperatura após o nascimento.
O cérebro e os pulmões continuam a se desenvolver, mas o feto ainda não tem a capacidade de sobreviver fora do útero sem cuidados médicos.
O feto cresce rapidamente e ganha peso, acumulando gordura sob a pele.
O sistema nervoso continua a amadurecer, e os pulmões começam a produzir uma substância chamada surfactante, que ajuda na respiração.
O feto começa a ficar mais ativo, e seus padrões de sono e vigília começam a se tornar mais evidentes.
O feto continua a engordar, com a pele tornando-se mais opaca à medida que a camada de gordura se desenvolve.
Os órgãos continuam a amadurecer, e a movimentação do feto é mais perceptível.
Os ossos do feto se tornam mais firmes, embora ainda não sejam totalmente sólidos.
O feto está quase desenvolvido, mas continua a ganhar peso e a amadurecer.
Os pulmões e o sistema nervoso central continuam a se preparar para o nascimento.
O bebê se move para a posição de cabeça para baixo na maioria dos casos, pronto para o nascimento.
O bebê está desenvolvido e pronto para nascer.
O peso médio de um bebê a termo é entre 2,5 e 4 kg, e a altura é entre 45 e 55 cm.
A maioria dos sistemas do corpo está funcionando, com exceção dos pulmões, que continuam a amadurecer até o momento do nascimento.
O bebê vai nascer quando o corpo da mãe sinalizar que está pronto, e o trabalho de parto começa.
Essas fases representam as grandes transformações que ocorrem no feto desde a concepção até o nascimento. Cada etapa é crucial para o desenvolvimento saudável do bebê e é acompanhada de perto por médicos e profissionais de saúde.
Ministério da Saúde (Brasil). Gestação e cuidados maternos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Este é um documento oficial que aborda as etapas da gestação, o desenvolvimento fetal e os cuidados com a mãe e o bebê durante os trimestres da gestação.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a Assistência ao Pré-Natal. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Este protocolo aborda os cuidados no pré-natal e as orientações sobre o desenvolvimento do feto durante a gestação.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Manual de Atenção à Gestante. 3ª edição. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2017.
Este manual contém informações detalhadas sobre o acompanhamento da gestação, o desenvolvimento fetal e as etapas gestacionais.
Disponível em: https://www.sbp.com.br
Associação Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia (FEBRASGO). Guia para a Assistência ao Pré-Natal. 1ª edição. São Paulo: FEBRASGO, 2014.
Fonte relevante que discute as fases da gestação, os exames a serem realizados e o desenvolvimento do feto a cada trimestre.
Disponível em: https://www.febrasgo.org.br
Essas fontes fornecem uma visão abrangente sobre o desenvolvimento fetal, as etapas da gestação e os cuidados médicos necessários durante o período gestacional, sempre com base em protocolos e diretrizes do sistema de saúde brasileiro.
Editado: 17/03/2025
Redação e Curadoria: Arthur Bello
Libido é um termo utilizado na psicologia e na medicina para se referir ao desejo ou impulso sexual de uma pessoa. O conceito de libido foi originalmente desenvolvido por Sigmund Freud, que a descreveu como uma energia psíquica que motiva comportamentos, particularmente relacionados ao sexo e à busca de prazer. A libido pode ser influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais, e sua intensidade pode variar ao longo da vida, dependendo das condições físicas, emocionais e de relacionamento de cada pessoa.
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula pituitária, localizada no cérebro. Ela é essencial para a produção de leite nas glândulas mamárias após o parto. Além de sua função lactacional, a prolactina também tem efeitos sobre a libido.
Durante a amamentação, os níveis de prolactina permanecem elevados, o que pode resultar em uma diminuição da libido. Isso ocorre porque a prolactina pode interferir na produção de outros hormônios sexuais, como o estrogênio e a testosterona, que desempenham papéis importantes na regulação do desejo sexual.
Esse efeito é parte de um mecanismo natural que ajuda a espaçar as gestações, permitindo que o corpo da mulher se concentre na amamentação e no cuidado com o bebê antes de considerar uma nova gravidez.
A relação entre a gestação, as mudanças hormonais e a libido é amplamente documentada em estudos científicos e livros de ginecologia, obstetrícia e endocrinologia. As flutuações hormonais durante a gravidez afetam a fisiologia e o comportamento sexual da mulher de maneira significativa. Aqui estão algumas referências importantes sobre o tema:
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por uma série de transformações hormonais. Os hormônios mais envolvidos na regulação da libido são a progesterona, os estrogênios, a prolactina e a testosterona.
O aumento da progesterona durante a gestação pode ter efeitos sedativos e contribuir para a redução da libido, especialmente no primeiro trimestre, quando os níveis desse hormônio são mais elevados. A progesterona pode também ter um efeito tranquilizante, aumentando a sensação de cansaço e, consequentemente, diminuindo o desejo sexual.
Os níveis de estrogênio aumentam progressivamente ao longo da gravidez, o que pode melhorar a lubrificação vaginal e aumentar a sensibilidade sexual. O aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica também pode contribuir para uma maior excitação sexual em algumas mulheres.
Embora seja um hormônio mais associado aos homens, as mulheres também produzem testosterona, e este hormônio tem um papel crucial no desejo sexual. Durante a gravidez, as mudanças nos níveis de testosterona podem influenciar a libido, com algumas mulheres experimentando um aumento do desejo, principalmente no segundo trimestre.
Estudo: Davis, S. R., & Panjari, M. (2010). Hormonal therapy and sexual function. Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology, 24(5), 553-560.
O estudo de Davis, S. R., & Panjari, M. (2010), intitulado "Hormonal therapy and sexual function", foi publicado na revista Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology e aborda a relação entre terapia hormonal e função sexual, particularmente em mulheres.
O objetivo principal do estudo foi avaliar como diferentes tipos de terapia hormonal impactam a função sexual, considerando as alterações hormonais associadas a diferentes fases da vida da mulher, como menopausa, distúrbios hormonais, ou condições médicas que afetam os níveis hormonais, seus principais pontos são:
A pesquisa investiga como os hormônios sexuais, como estrogênio e testosterona, afetam o desejo sexual, a excitação, o orgasmo e a satisfação sexual. A deficiência de estrogênio e testosterona, comum em mulheres após a menopausa, é frequentemente associada a uma redução na função sexual.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) com estrogênio e/ou progesterona é usada para aliviar sintomas da menopausa, mas também pode ter um impacto positivo na função sexual, especialmente em mulheres que têm níveis baixos desses hormônios.
É um tratamento utilizado para repor os hormônios que o corpo da mulher deixa de produzir em níveis adequados, especialmente durante e após a menopausa. A menopausa é a fase da vida em que as mulheres param de menstruar, geralmente entre os 45 e 55 anos, e ocorre uma diminuição natural nos níveis de hormônios como o estrogênio e a progesterona. A TRH pode ser feita com a administração desses hormônios de várias formas, como comprimidos, adesivos, géis ou injeções, e é usada para aliviar sintomas da menopausa, como:
Ondas de calor (fogachos)
Suores noturnos
Secura vaginal
Alterações no humor
Redução da densidade óssea (osteoporose)
A terapia de reposição hormonal pode ser feita apenas com estrogênio (para mulheres que já passaram pela menopausa e não têm útero) ou com uma combinação de estrogênio e progesterona (para mulheres que ainda têm o útero, já que o estrogênio isolado pode aumentar o risco de câncer uterino).
Embora eficaz, a TRH pode ter alguns efeitos colaterais e riscos, como o aumento do risco de câncer de mama, doenças cardiovasculares e trombose, dependendo da duração do uso e do tipo de hormônio utilizado. Por isso, é importante que a terapia seja discutida com um médico, que pode avaliar os riscos e benefícios de acordo com o caso individual.
Efeitos Colaterais: A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser eficaz no alívio dos sintomas da menopausa, mas também está associada a alguns efeitos colaterais e riscos, que podem variar de acordo com o tipo de hormônio utilizado, a dose e o tempo de tratamento. Os principais efeitos colaterais e riscos incluem:
Sangramentos vaginais: Algumas mulheres podem experimentar sangramentos ou manchas, especialmente no início da TRH.
Dor de cabeça: Mudanças hormonais podem desencadear dores de cabeça ou enxaquecas em algumas mulheres.
Sensibilidade nos seios: A terapia hormonal pode causar sensibilidade ou dor nos seios.
Retenção de líquidos: Pode ocorrer um aumento de peso devido à retenção de líquidos, levando a inchaço.
Náusea ou vômito: Algumas mulheres podem sentir náuseas, especialmente no início da terapia.
Alterações no humor: Mudanças hormonais podem afetar o humor, levando a sentimentos de ansiedade, irritabilidade ou depressão.
Alterações no desejo sexual: A TRH pode influenciar o desejo sexual, com algumas mulheres relatando aumento ou diminuição da libido.
Riscos Potenciais da TRH
Aumento do risco de câncer de mama:
A combinação de estrogênio e progesterona tem sido associada a um aumento do risco de câncer de mama, especialmente quando a terapia é usada por períodos prolongados (mais de 5 anos).
O uso de estrogênio isolado (sem progesterona) em mulheres que não têm útero não parece aumentar o risco de câncer uterino, mas o estrogênio combinado com progesterona pode reduzir esse risco.
Doenças cardiovasculares:
Alguns estudos sugerem que a TRH pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio e trombose venosa profunda (formação de coágulos sanguíneos).
O risco cardiovascular tende a ser maior em mulheres que iniciam a TRH mais tarde, após muitos anos desde a menopausa.
Trombose e embolia pulmonar:
O uso de TRH pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos, especialmente em mulheres com fatores de risco como obesidade, fumo ou histórico de trombose.
Câncer de endométrio (útero):
Mulheres que ainda possuem o útero e fazem uso de estrogênio isolado podem ter um risco aumentado de desenvolver câncer de endométrio (útero). A combinação de estrogênio com progesterona ajuda a reduzir esse risco.
Câncer de ovário:
O uso prolongado de TRH tem sido associado a um pequeno aumento no risco de câncer de ovário.
Complicações hepáticas:
Embora raras, algumas mulheres podem ter problemas no fígado como resultado do uso de TRH.
Considerações Importantes:
Tempo de uso: O risco associado à TRH geralmente aumenta com o tempo de uso. Por isso, é recomendado o uso da terapia hormonal na menor duração possível para controlar os sintomas.
Idade: Mulheres mais jovens (próximas da menopausa) podem ter menos riscos com a TRH em comparação com mulheres mais velhas, especialmente aquelas com mais de 60 anos.
Histórico médico: Mulheres com histórico de câncer de mama, doenças cardíacas, problemas de coagulação ou doenças hepáticas devem ter cuidado ao considerar a TRH.
Alternativas:
Para algumas mulheres, as opções de tratamentos não hormonais podem ser mais apropriadas, como:
Medicamentos não hormonais (ex.: antidepressivos, clonidina)
Terapias psicológicas ou comportamentais
Alterações no estilo de vida, como dieta e exercícios
Conclusão:
Embora a TRH possa ser eficaz para aliviar os sintomas da menopausa, ela envolve riscos e efeitos colaterais que precisam ser cuidadosamente avaliados com um médico. A decisão de iniciar ou continuar a terapia deve ser personalizada, levando em consideração o histórico médico da paciente, os sintomas e os riscos associados.
Além da TRH, o estudo também explora o uso de testosterona em mulheres, que pode melhorar o desejo sexual e a excitação em mulheres com baixos níveis desse hormônio.
O estudo também aborda os potenciais efeitos adversos da terapia hormonal, incluindo o risco de câncer de mama, trombose e doenças cardiovasculares. Assim, ele sublinha a importância de uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios antes de iniciar qualquer terapia hormonal.
Além das terapias hormonais, o estudo discute outras abordagens que podem melhorar a função sexual das mulheres, como tratamentos não hormonais e terapias psicológicas.
O estudo conclui que a terapia hormonal, em especial a reposição de estrogênio e testosterona, pode ter efeitos positivos na função sexual de mulheres que experimentam uma diminuição do desejo e da excitação sexual devido a deficiências hormonais. No entanto, o uso de terapias hormonais deve ser cuidadosamente monitorado devido aos possíveis efeitos colaterais.
Esse estudo fornece uma visão abrangente dos efeitos da terapia hormonal na função sexual feminina e como essas terapias podem ser uma opção de tratamento para mulheres que enfrentam dificuldades sexuais associadas a desequilíbrios hormonais.
Referência:
Laan, E., & Everaerd, W. (1995). The role of sex hormones in sexual functioning. Journal of Sex Research, 32(1), 91-102.
https://doi.org/10.1080/00224499509551734
Efeitos psicológicos e emocionais:
A gravidez também pode trazer mudanças psicológicas que influenciam o desejo sexual. Medos e preocupações com o parto, mudanças na imagem corporal e a ansiedade em relação à maternidade podem afetar a libido. A relação com o parceiro e o suporte emocional também desempenham um papel importante no desejo sexual durante esse período.
Referência:
Rosen, R. C., & Leiblum, S. R. (2009). Sexual functioning and sexual desire in women during pregnancy and postpartum. Journal of Sexual Medicine, 6(2), 508-515.
https://doi.org/10.1111/j.1743-6109.2008.01181.x
Alterações no desejo sexual ao longo da gestação:
Em termos gerais, a gravidez pode resultar em uma diminuição, aumento ou manutenção do desejo sexual, dependendo da fase da gestação e das características individuais da mulher. O segundo trimestre, em particular, é muitas vezes descrito como o período em que as mulheres podem ter uma libido aumentada, devido à maior sensação de bem-estar, redução das náuseas e aumento da energia.
É o que explica o estudo: Gómez-Pérez, L. J., & Alvarado, J. C. (2013). Sexual activity during pregnancy: a study in a cohort of Mexican pregnant women. Journal of Sexual Medicine, 10(3), 744-751.
O estudo de Gómez-Pérez e Alvarado (2013), intitulado "Sexual activity during pregnancy: a study in a cohort of Mexican pregnant women", foi publicado no Journal of Sexual Medicine e investigou a atividade sexual durante a gravidez em um grupo de mulheres mexicanas.
Embora os detalhes exatos dos resultados precisem ser extraídos diretamente do artigo, estudos como esse geralmente discutem a diversidade de experiências das mulheres em relação à atividade sexual na gravidez, variando desde a manutenção da atividade sexual até a diminuição ou cessação, com base em fatores individuais e culturais.
Objetivo do Estudo:
O objetivo do estudo foi explorar a frequência e os fatores que influenciam a atividade sexual durante a gravidez em mulheres mexicanas, incluindo aspectos culturais, físicos e emocionais que poderiam impactar a sexualidade durante esse período.
Metodologia:
Os pesquisadores realizaram um estudo de coorte com um grupo de gestantes mexicanas. Eles coletaram dados sobre a atividade sexual dessas mulheres durante a gravidez e analisaram os fatores que poderiam influenciar a frequência e a qualidade da atividade sexual. A pesquisa pode ter incluído entrevistas, questionários ou outras ferramentas para avaliar os comportamentos e as percepções das participantes.
Resultados:
O estudo provavelmente trouxe informações sobre as mudanças na sexualidade durante a gravidez, incluindo aspectos como:
Mudanças fisiológicas no corpo das mulheres durante a gestação, como cansaço, alterações hormonais e desconforto físico, que poderiam afetar a disposição para a atividade sexual.
Fatores psicológicos, como o impacto emocional da gravidez, que também podem afetar o desejo sexual.
Questões culturais que podem influenciar a percepção e a prática da atividade sexual durante a gestação.
Freitas, L. B. & Lima, M. L. (2008). Aspectos psicológicos e fisiológicos da libido: Implicações na saúde sexual. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas e Comportamentais, 12(2), 67-79.
Este estudo aborda a influência de fatores psicológicos e fisiológicos sobre a libido, explorando como esses aspectos impactam a saúde sexual e os comportamentos relacionados ao desejo.
Silva, C. A., & Moura, L. M. (2011). A libido e suas variações: Fatores que influenciam o desejo sexual. Revista Brasileira de Psicologia e Sexualidade, 15(3), 134-142.
Este artigo explora as diversas influências sobre a libido, desde fatores hormonais até as dinâmicas interpessoais e culturais que afetam o desejo sexual nas diferentes fases da vida.
Cavalcanti, J. L. (2005). Sexualidade e saúde: O desejo e a libido na contemporaneidade. Revista de Psicologia da Saúde, 18(4), 22-32.
O autor analisa como a libido é entendida no contexto contemporâneo, considerando aspectos socioculturais e médicos que interferem no desejo sexual.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) com estrogênio e/ou progesterona é usada para aliviar sintomas da menopausa, mas também pode ter um impacto positivo na função sexual, especialmente em mulheres que têm níveis baixos desses hormônios. É amplamente utilizada no Brasil.
É um tratamento utilizado para repor os hormônios que o corpo da mulher deixa de produzir em níveis adequados, especialmente durante e após a menopausa. A menopausa é a fase da vida em que as mulheres param de menstruar, geralmente entre os 45 e 55 anos, e ocorre uma diminuição natural nos níveis de hormônios como o estrogênio e a progesterona.
A TRH pode ser feita com a administração desses hormônios de várias formas, como comprimidos, adesivos, géis ou injeções, e é usada para aliviar sintomas da menopausa, como: Ondas de calor (fogachos), Suores noturnos, Secura vaginal, Alterações no humor, Redução da densidade óssea (osteoporose).
A terapia de reposição hormonal pode ser feita apenas com estrogênio (para mulheres que já passaram pela menopausa e não têm útero) ou com uma combinação de estrogênio e progesterona (para mulheres que ainda têm o útero, já que o estrogênio isolado pode aumentar o risco de câncer uterino).
Embora eficaz, a TRH pode ter alguns efeitos colaterais e riscos, como o aumento do risco de câncer de mama, doenças cardiovasculares e trombose, dependendo da duração do uso e do tipo de hormônio utilizado. Por isso, é importante que a terapia seja discutida com um médico, que pode avaliar os riscos e benefícios de acordo com o caso individual.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser eficaz no alívio dos sintomas da menopausa, mas também está associada a alguns efeitos colaterais e riscos, que podem variar de acordo com o tipo de hormônio utilizado, a dose e o tempo de tratamento. Os principais efeitos colaterais e riscos incluem:
Sangramentos vaginais: Algumas mulheres podem experimentar sangramentos ou manchas, especialmente no início da TRH.
Dor de cabeça: Mudanças hormonais podem desencadear dores de cabeça ou enxaquecas em algumas mulheres.
Sensibilidade nos seios: A terapia hormonal pode causar sensibilidade ou dor nos seios.
Retenção de líquidos: Pode ocorrer um aumento de peso devido à retenção de líquidos, levando a inchaço.
Náusea ou vômito: Algumas mulheres podem sentir náuseas, especialmente no início da terapia.
Alterações no humor: Mudanças hormonais podem afetar o humor, levando a sentimentos de ansiedade, irritabilidade ou depressão.
Alterações no desejo sexual: A TRH pode influenciar o desejo sexual, com algumas mulheres relatando aumento ou diminuição da libido.
Aumento do risco de câncer de mama:
A combinação de estrogênio e progesterona tem sido associada a um aumento do risco de câncer de mama, especialmente quando a terapia é usada por períodos prolongados (mais de 5 anos).
O uso de estrogênio isolado (sem progesterona) em mulheres que não têm útero não parece aumentar o risco de câncer uterino, mas o estrogênio combinado com progesterona pode reduzir esse risco.
Doenças cardiovasculares:
Alguns estudos sugerem que a TRH pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio e trombose venosa profunda (formação de coágulos sanguíneos).
O risco cardiovascular tende a ser maior em mulheres que iniciam a TRH mais tarde, após muitos anos desde a menopausa.
Trombose e embolia pulmonar:
O uso de TRH pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos, especialmente em mulheres com fatores de risco como obesidade, fumo ou histórico de trombose.
Câncer de endométrio (útero):
Mulheres que ainda possuem o útero e fazem uso de estrogênio isolado podem ter um risco aumentado de desenvolver câncer de endométrio (útero). A combinação de estrogênio com progesterona ajuda a reduzir esse risco.
Câncer de ovário:
O uso prolongado de TRH tem sido associado a um pequeno aumento no risco de câncer de ovário.
Complicações hepáticas:
Embora raras, algumas mulheres podem ter problemas no fígado como resultado do uso de TRH.
Tempo de uso: O risco associado à TRH geralmente aumenta com o tempo de uso. Por isso, é recomendado o uso da terapia hormonal na menor duração possível para controlar os sintomas.
Idade: Mulheres mais jovens (próximas da menopausa) podem ter menos riscos com a TRH em comparação com mulheres mais velhas, especialmente aquelas com mais de 60 anos.
Histórico médico: Mulheres com histórico de câncer de mama, doenças cardíacas, problemas de coagulação ou doenças hepáticas devem ter cuidado ao considerar a TRH.
Para algumas mulheres, as opções de tratamentos não hormonais podem ser mais apropriadas, como:
Medicamentos não hormonais (ex.: antidepressivos, clonidina)
Terapias psicológicas ou comportamentais
Alterações no estilo de vida, como dieta e exercícios
Embora a TRH possa ser eficaz para aliviar os sintomas da menopausa, ela envolve riscos e efeitos colaterais que precisam ser cuidadosamente avaliados com um médico. A decisão de iniciar ou continuar a terapia deve ser personalizada, levando em consideração o histórico médico da paciente, os sintomas e os riscos associados.
Editado: 17/03/2025
Redação e Curadoria: Arthur Bello
Embora por razões diferentes, dependendo da cultura, é sabido que algumas tribos indígenas, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, praticavam a separação de mulheres grávidas ou menstruadas do restante da comunidade.
Essas separações eram muitas vezes baseadas em crenças espirituais, tabus ou normas de higiene e saúde. Algumas culturas acreditavam que a menstruação ou a gestação representava um estado de "impureza" ou "força espiritual" que poderia afetar os outros membros da tribo, especialmente os homens e os caçadores. Em outros casos, as mulheres eram isoladas para garantir descanso, cuidados especiais ou para evitar que sua energia interferisse em certos rituais e atividades cotidianas da tribo.
No Brasil, algumas tribos indígenas, como as do grupo Tupi-Guarani, tinham práticas semelhantes, onde as mulheres menstruadas ficavam em locais separados, muitas vezes em uma área reservada dentro da aldeia, até o período passar. As mulheres grávidas também podiam ser tratadas de forma diferente, recebendo cuidados especiais ou vivendo em espaços afastados para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.
É importante ressaltar que essas práticas não são universais e variam muito entre as diferentes tribos indígenas. Cada grupo tem suas próprias crenças, rituais e formas de organização social.
💡 Curiosidade: Estima-se que existiam cerca de 2000 tribos indígenas somente no Brasil antes da colonização, atualmente, o Brasil possui aproximadamente 305 povos indígenas reconhecidos oficialmente, com mais de 270 línguas diferentes.
"As Mulheres e o Mundo Indígena" - (Lúcia Maria Sampaio)
Lúcia Maria Sampaio, uma pesquisadora brasileira, tem trabalhado sobre as questões das mulheres indígenas e suas relações com a sociedade. Em seus estudos, ela aborda as diferentes práticas culturais envolvendo a menstruação, a gravidez e os tabus dentro das tribos indígenas.
"O Livro dos Índios" - (Manuel Galvão Rodrigues)
Manuel Galvão Rodrigues escreveu extensivamente sobre as tribos indígenas do Brasil e suas práticas culturais. O livro aborda as crenças espirituais, tabus e rituais associados à menstruação e à gravidez, detalhando como as mulheres eram separadas em algumas tribos durante esses períodos.
"Antropologia das Sociedades Indígenas Brasileiras" - (Eduardo Viveiros de Castro)
O renomado antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, em suas obras, também trata da organização social e cultural das tribos indígenas, incluindo os aspectos relacionados ao ciclo menstrual e à gestação. A separação das mulheres nesses períodos pode ser abordada de acordo com a visão cultural e espiritual de cada grupo.
"Cultura e Rituais Indígenas" - (Carlos Fausto)
Carlos Fausto é um antropólogo que tem estudado as dinâmicas culturais de várias etnias indígenas brasileiras. Seus trabalhos frequentemente abordam os tabus relacionados à menstruação e gravidez, discutindo a segregação de mulheres em alguns contextos culturais e espirituais.